quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

RELATÓRIO DE CAMPO: CAMINHO DAS ÁGUAS



1.      Introdução- Saída de campo: Caminho das Águas

No dia 22/10/2018 a escola E.M.E.F ERNA WURTH, participou da saída de campo do projeto Tribos em Cena, patrocinado pela Petrobrás com a sua tribo Sementes da Sustentabilidade, a primeira parada foi na nascente dona Josefina na Av. Santos Ferreira, antigamente estrada dos anjos, aonde fica presente alguns biomas do sul como: Mata Atlântica, Pampa e zona de transição, observamos a nascente do arroio araçá. A segunda parada foi no arroio Araçá na Inconfidência, aonde ocorreu a explicação do percurso que a água faz, sobre o lençol freático que no caso é a mesma coisa que aquífero guarani, nos anos 90 ouve o desmatamento, aonde diminuiu a mata ciliar. A terceira parada ocorreu no rio dos sinos na praia de Paquetá, muitas famílias pescam lá, a poluição é controlada.


2. Roteiro da Visita

2.1.     Ponto de Parada 1: Nascente Dona Josefina
No primeiro ponto de parada vimos a nascente Dona Josefina e falamos sobre a bacia hidrográfica, o rio principal e seus afluentes, sua foz e sobre o lençol freático. Comentamos sobre a biodiversidade e sua preservação. Dentre os pontos de parada, está era o ponto mais conservado e menos poluído. Foi comentado que ao longo dos anos a nascente já passou por processos de limpeza e manutenção, tanto é que a proteção de tijolos foi construída para a preservação do olho d’água e até hoje segue firme com 104 anos. Vimos que a Nascente Dona Josefina se localiza no bairro Estância Velha, que antes se chamava Estrada dos Anjos no Município de Canoas, que nasce como estância de veraneio.
Conversamos sobre conceitos básicos para compreensão do contexto do caminho das águas, como o de Bacia Hidrográfica que é a área ou região de drenagem de um rio principal e seus afluentes. É a porção do espaço em que as águas das chuvas, das montanhas, subterrâneas ou de outros rios escoam em direção a um determinado curso d´água, abastecendo-o. Vimos que a bacias hidrográficas possuem várias nascentes e que a maior distância entre uma nascente e a foz constitui o rio principal, e que os demais constituem os afluentes que são rios que desaguam no rio principal em um ponto de encontro de rio que se chama confluência. A foz é onde o rio termina, ou seja, deságua no mar, em um lago ou em outro rio maior ou mais caudaloso. Há três tipos de foz fluviais: a do tipo estuário: em forma de funil, o delta formado por um leque de canais e ilhas, como o delta do Jacuí e do Rio dos Sinos, e a foz mista, com algumas ilhas laterais, mas com uma foz principal larga, como o Rio Amazonas.
Foi comentado que a mata Ciliar é um importante domínio que possui a função de conservar o meio ambiente ao redor de rios e redes de drenagem. Geralmente as matas ciliares são áreas de florestas,  ou outros tipos de cobertura de vegetal nativa que em muitos casos é degradada por pastagens, a principal razão da destruição de matas ciliares. As matas ciliares compreendem a vegetação que se localiza em áreas situadas nas proximidades de cursos d'água, tais como rios, lagos, olhos d'água e reservas hídricas em geral. Tal nomenclatura relaciona-se à analogia que se faz entre a função das matas para os rios e a função dos cílios para os nossos olhos: proteção.
Portanto, podemos rapidamente deduzir que as matas ciliares são importantes por representarem uma proteção natural dos cursos d'água. Tal processo ocorre quando essas matas, através de suas raízes, seguram o solo das margens dos rios, evitando casos de erosão fluvial, em que as águas desgastam as bordas que as comprimem e provocam abalos na estrutura superficial. As matas ciliares ajudam a proteger o solo e os rios do processo de erosão. Outra forma de atuação das matas ciliares é na “filtragem” do ambiente ao redor dos rios, evitando ou diminuindo a presença de sedimentos trazidos com a água das chuvas e da poluição em forma de resíduos tóxicos e lixo, contribuindo, assim, para conservar as redes de drenagem.
A remoção das matas ciliares costuma acontecer, principalmente, para a pecuária, uma vez que as áreas úmidas ao redor dos cursos d'água favorecem a pastagem em tempos de seca. Além disso, a agricultura também é uma atividade responsável pela destruição desse tipo de vegetação, aumentando o assoreamento dos rios que, em alguns casos, tornam-se extintos.

2.1.            Ponto de parada 2: arroio Araçá –  Av. Inconfidência
Nós vimos no ponto de parada 2, no Bairro Inconfidência de Canoas, muita poluição como sacolas plásticas, garrafas de plástico e vidro, e ossada de cachorro que provavelmente morreu e seus donos o largaram lá sem enterrar.
Pudemos observar no arroio Araçá o processo de erosão, que é a ação de processos superficiais. Os elementos que causam a erosão são: fluxo de água e vento, que removem de rochas seu material dissolvido de um local na crosta da terra que então o transporta para outro local. A ruptura de partículas provenientes de rocha e solo sedimento clástico é denominado como erosão física ou mecânica; isso contrasta com a erosão química, onde o solo ou material de rocha é removido através da dissolução promovido por um solvente (tipicamente água), seguido pelo fluxo da solução os sedimentos ou solutos erodidos podem ser transportados até por milímetros ou para milhares de quilômetros. A erosão pluvial é o escoamento superficial, resultante das chuvas, que produze 4 erosões no solo: respingo, laminar, sulcos e desembarques sendo o último o mais severo de todos. Na erosão de respingos, o impacto de uma gota de chuva causa uma pequena cratera na terra ejetando partículas do solo. Já a erosão fluvial é decorrente ocorre do fluxo contínuo de água ao longo de um rio. A erosão é tanto para baixo, aprofundando o vale e encabeçando, estendendo o vale até a encosta, criando cortes de cabeça e bancos íngremes.
No ponto 2 estava acontecendo um ponto de assoreamento onde tinha 2 arvores caídas, lixos e entulhos que formavam uma barreira que impedia a água e os detritos como sujeira. O assoreamento é o processo em que se observa no leito dos rios acumulo de detritos, lixo, entulho os outros materiais. No fundo dos rios e lagoas, esse acumulo interfere na topografia de seus leitos impedindo-os deportar todo o seu volume hídrico, provocando transbordamento em épocas de grande quantidade de chuvas.

2.1.             Ponto de parada 3: rio dos Sinos – praia de Paquetá

Nós vimos na praia muito lixo, peixes, praça para crianças brincarem, casas, barcos, a estátua, águas poluídas, bares, árvores e pescadores. Comparado com os outros pontos de paradas, a praia Paquetá foi a mais organizada. Por que era um lugar que tinha habitantes que sobrevivem da pesca e de banhistas que frequentam o local. E também os moradores fizeram até pracinhas e locais para fazer churrasco.

3.      Considerações finais

A turma apresentou uma boa participação no trabalho de campo, compreendendo bem os conceitos citados em campo e participando e debatendo em aula. Os alunos mostraram-se interessados na prática e na teoria. Questionaram aspectos com relação ao descarte do lixo resultante do lanche realizado durante a atividade. Realizaram este pequeno relatório como atividade final da disciplina de geografia da EMEF ErnaWürth. Cada aluno ficou responsável por um assunto.  Toda a teoria foi solicitada também em uma avaliação individual.

Tribo Sementes da Sustentabilidade
EMEF Erna Würth - Canoas
Relatório produzido a partir da saída Caminho das águas realizada em 22/10/2018

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