quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Tribo Gaia no Rio Gravataí: por mais Rios Limpos

Relatório Escola Estadual de Ensino Fundamental Coronel Vicente Freire – 
Rio Limpo/Gravataí
Esse relatório falará sobre o passeio que tivemos no dia 4 de junho através do Projeto Tribos em Cena e o Projeto Rio Limpo, ambos apoiados em algum momento pela Petrobras. As Tribos em Cena é um projeto fruto de uma construção coletiva da Parceiros Voluntários de Canoas e Esteio com alunos, professores e a tribo Kaingang Por Fi Ga.
O Projeto Rio Limpo é um projeto que tem como objetivo reduzir o índice de poluição do Rio Gravataí. O Rio Gravataí é o quinto mais poluído do Brasil, conforme o IBGE, fato que se deve em grande parte ao esgoto doméstico.
A cerca de um mês atrás tivemos a primeira saída de campo, onde visitamos a tribo Por Fi Ga, em São Leopoldo, que também faz parte do projeto Tribos em Cena.Agora falarei sobre o passeio, o que aprendemos nele, falarei sobre o Rio Gravataí e como funciona o Projeto Rio Limpo.
No dia 4 de junho tivemos um passeio de barco no Rio Gravataí, com o Projeto Rio Limpo. Em torno das 8:30 o ônibus nos buscou na escola para nos levar até Gravataí, onde estava o barco nos aguardando e que quase tinha ficado encalhado como foi relatado pelo responsável do Projeto Rio Limpo quando chegamos.
 No caminho para Gravataí paramos para pegar outra escola no bairro Guajuviras em Canoas que também faz parte do Projeto Tribos em Cena.No ônibus observei que por onde estávamos indo tinha muita terra, barro, e a maioria das ruas não eram asfaltadas. Vários lugares por onde passamos no caminho estavam em obras.

         Após cerca de 45 minutos de viagem chegamos no Rio Gravataí, onde o barco estava parado. Chegando lá vimos que além de nós e a escola que veio com nós no ônibus tinha mais uma ou duas escolas e junto com eles, os professores, tinha também bombeiros e algumas pessoas dos Projetos Tribos em Cena e Rio Limpo.Para entrar no barco passamos por uma “ponte” de madeira, pois o barco não poderia chegar tão perto, porque ali é muito raso.Logo que entramos no barco o representante do projeto Rio Limpo se apresentou para a gente e falou sobre as regras que deveríamos seguir ali dentro do barco e em seguida distribuíram coletes salva-vidas para cada um de nós.
Nos falaram que o motor do barco seria ligado e que era para tomarmos cuidado com nossos pertences, principalmente o telefone celular para que não caísse no rio, uma vez que não teria como recuperar. Quando o motor do barco foi ligado, o representante do Projeto Rio Limpo nos explicou algumas coisas e foi possível tirar algumas dúvidas que surgiram, como a questão da profundidade do rio.Ele nos contou também que o Rio Gravataí e sua bacia hidrográfica abrange os municípios de Santo Antônio da Patrulha, Glorinha, Gravataí, Alvorada, Cachoeirinha, Viamão, Canoas e Porto Alegre. Ele disse também que as cidades que mais “despejam” lixo no rio Gravataí são Porto Alegre e Canoas.
Foi explicado também sobre a Associação de Preservação a Natureza – Vale do Gravataí que é uma ONG de cunho ecológico responsável pelo Projeto Rio Limpo. É uma das ONGs com maior atuação no Rio Grande do Sul e tem procurado atender à demanda das problemáticas ambientais da região. Foi dito que mais para cima do rio, uma parte onde não fomos, tinha jacarés, capivaras, etc. É proibida a caça predatória no Rio Gravataí, pois é uma Área de Preservação Ambiental. O Projeto Rio Limpo já proporcionou 70 viagens de barco no Rio Gravataí apenas esse ano.
        Depois dessas breves explicações tivemos um tempo para conversar “discutir” sobre os assuntos falados. Nesse tempo observamos a vegetação, árvores de diferentes tamanhos e algumas flores que vimos também. Logo em seguida há uma intersecção e nos disseram que ali estavam o canal antigo e o canal novo do rio (rio velho e rio novo), e que essa parte nova do rio foi uma construção humana que acabou com a “prisão” da água que rapidamente se perde.
Depois de cerca de 25 minutos chegamos perto do Quilombo da Anastácia, onde moram apenas oito quilombolas que sofrem com ataques constantes a suas terras de grandes fazendeiros que cercam as terras e disputam o acesso as fontes de águas. “Anastácia foi uma mulher forte e guerreira que ajudava os pescadores a desviarem seus pequenos barcos quando passavam pela região”. No Quilombo moram seus bisnetos e tataranetos e há problemas que envolvem também a venda destas terras para terceiros que não poderiam ocupar essa região.Falaram que um dia o pessoal do Projeto Rio Limpo marcou com os quilombolas para eles passarem um dia no Quilombo, saber como é a vida deles, a rotina, e um pouco sobre a história de Anastácia, do Quilombo, para depois contarem para as pessoas no barco-escola.
O Quilombo, junto com toda a vegetação da região e o Rio Gravataí é uma Área de Preservação Ambiental. Na parte que passamos do rio não vimos nem um pouco de lixo, mas nos disseram que na parte mais alta do rio tinha bastante lixo e os resíduos e esgoto que vem em sua maior parte de Canoas e Porto Alegre.O objetivo do Projeto Rio Limpo é reduzir os índices de poluição do Rio Gravataí e após o apoio da Petrobras eles tem conseguindo se manter a partir de parcerias como a firmada com os Parceiros Voluntários com objetivo de espalhar o conhecimento em relação ao meio ambiente.
Depois das explicações sobre o Quilombo da Anastácia fizemos a meia volta para voltarmos ao nosso ponto de partida. Durante as explicações o motor do barco era desligado assim sendo íamos a uma velocidade menor. Era para termos parado em um outro lugar, mas no dia anterior esse parada foi cancelada. Na volta, quando ainda estávamos no barco, apareceu o Sol, pois antes estava nublado e também muito frio. Eles comentaram que no dia anterior no passeio que houve acabou tendo chuva e que hoje demos sorte de somente ter frio. Em seguida nos deram lanche e tivemos mais tempo para escutar e anotar as informações que eram repassadas, como a extrema segurança do barco que foi feito e desmontado no Nordeste do Brasil e trazido para o Rio Grande do Sul onde foi montado novamente e que o mesmo tinha custado um valor de 500 mil reais.
Após cerca de 50 minutos de viagem, no total, voltamos ao ponto de partida. Nos falaram para aguardar até prenderem bem o barco, e que era para tirarmos o colete salva-vidas quando eles pedissem. Ao sair do barco recebemos uma cartilha que fala sobre o projeto Rio Limpo e entramos no ônibus para voltar a escola parando antes no bairro Guajuviras para largar a outra escola que nos acompanhou no transporte. Achamos o passeio legal e aprendemos várias coisas com ele, somente passamos bastante frio, pois o Sol demorou muito a aparecer.
Texto produzido pelos alunos 
Lucas Pilati do Nascimento e Victor Magalhães Motta 
da turma 81 da escola.

Nenhum comentário:

Postar um comentário