No Dia 29 de abril de 2019, fomos a nossa segunda saída
de campo pelo projeto Tribos em Cenas, fomos a tribo Caingangue Por Fi Ga na
cidade de São Leopoldo.
Chegando na tribo, vimos que era próximo a um quilombo e quando
andamos um pouco mais à frente tinha uma feira de artesanatos feitos pelos
nativos da tribo, Arcos, Flechas, Zarabatanas, Anéis, Pulseiras.
Também
trabalham com agricultura e produzem seus alimentos. Eles têm um estilo de vida
diferente de todas as culturas do mundo, eles fazem danças, rituais, e até tem
sua própria escola, alfabeto caingangue. Durante a
palestra a escola Miguel Lampert foi presenteada com o livro Relatos e Retratos: Quando As Tribos Se Encontram. A obra tem como autores: Demétrio Alves, Jeane Kich, Maria Inês Pacheco e
Vitoria Freire.
O Cacique Josué Kanhero deu uma palestra bastante interessante sobre a cultura e tradição da Por Fi Ga que significa em português,
“índio do mato”. O cacique ainda relatou como era antigamente sem os avanços tecnológicos. Ele
falou que a tecnologia chegou até eles não que eles foram atrás da tecnologia.
Os nativos constroem suas próprias casas e tem suas próprias leis, como
por exemplo uma quando há uma briga entre eles, os envolvidos têm que se desculpar, caso
isso não ocorra, eles vão para uma prisão por alguns dias para refletir sobre o
que fizeram.
Depois nossa tribo Tupi Lampert fez uma trilha, que o
cacique nos mostrou uma nascente, onde recebemos uma espécie de batismo
indígena, uma benção pelo “deus da Agua”. Lá tinha muitas coisas intrigantes
que chamaram nossa atenção como: alguns lixos espalhados na natureza, como geladeiras, plásticos
e etc., o que infelizmente percebemos que a cultura do “homem branco” foi
absorvida até demais pelos legítimos herdeiros de nossas terras e que ainda
usam sua língua nativa para se comunicar entre eles.
As casas, que não eram as tradicionais ocas com
estruturas precárias, parecidas com a estrutura de uma comunidade carente e
esquecida pelo governo dos “homens brancos”.
Andando um pouco mais na trilha tinha dois caminhos direita e esquerda,
Direita era outro lugar diferente, a esquerda voltava para a vila em um atalho,
no caminho sempre falando sobre a importância de preservar o meio ambiente para o
futuro do país e de todas as tribos.
Outro fato interessante constatado é o uso de costumes
de seus ancestrais, comidas típicas, danças locais e artesanatos típicos. Eles possuem
sua própria crença, acreditam em Deus e no poder da natureza e ainda contam com a
presença de uma comunidade evangélica dentro da tribo.
O encontro de tribos foi muito proveitoso, tivemos uma
tarde diferente causada pelo choque cultural e pela oportunidade de
compartilhamos das tradições de um povo historicamente importante para o nosso
Estado e que deve ser tratado com maior importância quando quisermos pensar na
preservação do meio ambiente. Saímos dessa experiência com noção de que todos
nós devemos ser um pouco indígenas com relação ao trato com nosso Meio
ambiente.
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