quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Quando as Tribos se encontram: Guardiões em Cena e Por Fi Gá

PROJETO TRIBOS EM CENA
     2ª Edição
RELATÓRIO
Saída Tribo Kaingang
(São Leopoldo)
Quando escutamos a palavra “índio”, já pensamos nos rostos pintados, nas rodinhas com suas canções e sua dança, a caça no mato, os índios pelados. Mas a modernidade fez com que esses índios tivessem que se encaixar nessa nova civilização, apesar de continuarem com alguns de seus costumes até hoje.
Os Kaingangs têm vários costumes diferentes dos nossos, como a dança, a língua, a alimentação, entre outros.  Eles ganham a vida vendendo seus artesanatos, que são muito bonitos (filtro dos sonhos, cestas, pulseiras, brincos, arco e flecha, etc).
O Pajé falou que o índio não invadiu a cidade, mas o homem branco foi quem invadiu as terras indígenas. Explicou também que não foram os indígenas que foram atrás das tecnologias, mas os “brancos” que levaram a tecnologia até eles.  Assim como nós, eles também têm celular, carro, geladeira e outros eletrônicos.
Aprendemos que os índios se alimentavam através da natureza, com frutas, peixes, de tudo um  pouco, mas com o passar do tempo, as refeições que eles recebiam da natureza diminuíram e hoje em dia, a sua alimentação é bem diferente.
As diferenças culturais observadas foram muitas: quando há desavenças, tudo é resolvido com conversa, mas se não se desculparem um com outro poderão ficar presos (porque na aldeia há uma prisão para quem transgride as leis).  Alguns símbolos são passados de pai para filho e eles recebem essa marca quando nascem.
A dança da tribo kaingang é muito bonita, eles se pintam e usam lanças durante a dança, e entoam um cântico na língua deles.  O espetáculo foi espetacular.
A trilha também foi uma experiência maravilhosa, há uma extensa área verde, o ar é puro e fomos guiados pelos índios durante a caminhada.
As problemáticas  encontradas foram muitas:  pobreza, a questão do lixo que é jogado no chão, falta de higiene, escola pequena e precária, falta de recursos, falta de uma profissão  pois vivem somente do Artesanato.
Mas apesar de todos os problemas, o povo Kaingang é um povo feliz, que preza pelos seus costumes, sua língua, que valoriza a honestidade e que possui um talento natural para o artesanato. Fomos bem recebidos e acolhidos pelos Kaingangs e agradecemos pela oportunidade de aprendizado que tivemos. Com certeza, aprendemos muito.


Nenhum comentário:

Postar um comentário